terça-feira, 8 de janeiro de 2013
Preciso de alguém que tenha ouvidos para ouvir, porque são tantas
histórias a contar. Que tenha boca para, porque são tantas histórias
para ouvir, meu amor. E um grande silêncio desnecessário de palavras.
Para ficar ao lado, cúmplice, dividindo o astral, o ritmo, a over, a
libido, a percepção da terra, do ar, do fogo, da água, nesta saudável
vontade insana de viver. Preciso de alguém que eu possa estender a mão
devagar sobre a mesa para tocar a mão quente do outro lado e sentir uma
resposta como – eu estou aqui, eu te toco também. Sou o bicho humano que
habita a concha ao lado da concha que você habita, e da qual te salvo,
meu amor; apenas porque te estendo a minha mão.
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